

De partida continuamos pela CA-131 direcção Torrelavega e N-623 é a nossa companhia seguinte até Burgos. Agora já totalmente desabituados de estradas com rectas, acabamos por estranhar apesar do passeio ser bem agradável, a temperatura é boa, mas já se nota que caminhamos para o interior de Espanha com os seu calor e necessidade de procura de água, sombra e se possível siesta (esta última nunca foi possível por em prática).

Depois de Burgos apanhamos a N-234 que nos leva a Soria, mas decidimos cortar um pouco caminho por uma estrada secundária (SO-910) que atravessaria uma linha montanha que estávamos a contornar, pouparíamos assim cerca de 50 a 60km, não indo a Soria que nos ligaria a nossa próxima estrada N-122 para seguirmos para Segóvia. Em San Esteban de Gormaz ligamos a N-110 e agora sim em “frente” para Segóvia a nossa próxima paragem/dormida.
O calor depois de almoço já se tornava insuportável, só em andamento é que ainda dava para estar.

Em ambas as situações no final o destino seria Badajoz. Aqui as estradas já não tem muita piada, sobretudo ficamos muito mal habituados. Não é um risco a direito como na autoestrada, mas as rectas são já algumas e as curvas mal se notam, sobretudo quando a velocidade máxima ronda os 150km/h e de cruzeiro os 120. Acredito que esta estrada seja engraçada mas apenas em velocidade supersónicas em motas sem passageiro e com terminações “R” nas siglas.
Segóvia, um bafoooooo do pior… ventoinha da mota a não parar de funcionar. Calor residual na traseira da mota devido aos alforges. Sem a menor dúvida… o calor tornou-se o nosso pior inimigo. Céu limpo e tempo seco como se quer para andar de mota com menos receios de quedas. Mas o calor era abrazador. Não fazemos nem mais um KM. E mesmo assim esta etapa foi a mais comprida até a data. Fizemos uns valentes 450km e já só tínhamos uma missão, chegar a casa. Continuando a nossa táctica de alojamento em zonas centrais e ou históricas.
Ficamos no Hotel Acueducto - http://www.hotelacueducto.com/es/princi.html , e pela 1ª vez em toda a viagem a mota iria ficar em parque publico de outro Hotel (http://www.eurostarsplazaacueducto.com/) mais a baixo na mesma rua. Hoje teria ficado no 2º hotel, as pessoas são mais simpáticas e o preço final com a dormida da mota ficaria sensivelmente igual. (foi a nossa noite mais cara, ficou em 14eur o parque da mota e o quarto a 67eur). Para jantar fomos para o centro onde ao lado do Aqueduto romano havia umas esplanadas junto de umas arcadas de uns edifícios da rua principal pedonal. De noite e um calorzinho numa esplanada a ver as vistas, é bem melhor que andar de mota com um calor desconcertante.

Amanhã há mais…
A reter neste percurso: Não andar na torreira do sol. As estradas são boas, mas já não tem aquela dinâmica rítmica.
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