Picos de Europa de mota… e a 2…
Começou tudo numa brincadeira de final de tarde em Angel 's Farm:
- Férias… como é? Que se faz? Onde se vai? Enfim todas essas perguntas que nos questionamos vezes sem conta.
E…. se fossemos aos Picos de Europa de mota?
(silêncio)
- Epa… era giro..
- Quantos dias?
- Por onde?
Lá se amadureceu a ideia e toca a delinear pontos importantes: itinerário, dias, quem iria, etc.
De vários interessados para a viagem, passámos a únicos. Por razões diversas: a mota não era a ideal; não alugam motas para fora de Portugal; semana em questão não era compatível com logísticas familiares; resumindo, 1 mota e 2 pessoas decididas a fazerem um mega passeio.
Certezas:
- Não há auto estradas;
- Não há horários;
- Não há reservas de dormidas;
- Vamos andando conforme nos apeteça;
- Ficarmos onde quisermos (com “telhado” para a mota);
- Destino: Norte de Espanha (S. Compostela até máximo de Biarritz);
- 6 dias;
- Triumph Speed Triple 1050.
Bagagem:
Saco depósito, alforges e mochila pequena.
Material para o “ai ai e agora?”:
Fitas rápidas, spray de furos, óleo de corrente, alicate universal, corta arame, chave fendas, chave estrela, fita de isolamento de calor, chaves luneta, bocas, e sextavados interior de tamanhos diversos.
Dia 1:
(pontos 1, 2, 3, 4 e 5 no mapa)
A saída de Lisboa foi feita a solo pois tínhamos de deixar os filhos em casa dos avós maternos. Aqui fui mais ligeiro, sem pendura e peso adicional do saco do depósito, pois o resto seguia de carro. Saí do deserto via Ponte Vasco da Gama em direcção à A1 seguindo pela estrada nacional IC2/N1 até Alcobaça. Depois de almoçar e despedir da pequenada, deu-se início à viagem com os seus intervenientes.
Mantendo o que inicialmente pensámos como percurso, seguimos sempre pelo litoral oeste até à Figueira da foz (IC1). Nem sempre a ver a costa, mas foi agradável como ponto de partida. As estradas, até aqui, nada de especial: são as estradas e alcatrão português como bem conhecemos. Na Figueira fizemos o nosso 1º “pit-stop” - esplanada e solzinho acompanhado de geladinho.
Apesar de apenas termos começado, qualquer transeunte já olha para nós como alienígenas, vindos de outro espaço. Ainda que o motociclista já faça parte da nossa cultura, não sendo já algo que se via exclusivamente nos ingleses e alemães, nas suas BMW R100 e fatos de cabedal pretos a fazer as suas migrações a sul da Europa, ainda existe um misto de curiosidade e até de uma certa inveja, pelos conceitos de irreverência e liberdade associados à cultura motard (esses malucos das motas).
Por imposição da gula e por rumarmos a norte pela N-109 em direcção a Mira, Ílhavo, a paragem seguinte é Aveiro para satisfação feminina com ovos moles e uma caixa de “10” ainda soube a pouco. E foi com muita sorte pois, entrámos na pastelaria já passavam das 19.30h e estava a fechar. Umas fotos de registo do momento de regalo e fomos, não por estrada nacional como pensado inicialmente, mas directos ao Porto/Gaia pela A1.
Como não queríamos perder muito tempo e dado o Porto ser apenas um ponto de dormida para o dia seguinte, ficámos no Park Hotel em Gaia (uma espécie de “clone” de Íbis) http://www.parkhotel.pt/nm_quemsomos.php?id=122
Impecável, sem grandes luxos, mas perfeito! Dormida da mota em garagem e grátis e internet wi-fi. O jantar foi no Burguer King, ao lado do hotel.Surpreendentemente, foi a 1ª vez que gostei de Burguer King já que das anteriores nunca gostei tanto do hambúrguer, nem do pão que mais parecia ter 2 ou 3 dias e das batatas à espera há horas. Comi tudo acabadinho de fazer (fominha, e não era pouca!). Também existe uma bomba de gasolina BP logo ao lado, pelo que o dia seguinte foi muito mais fácil à partida com tudo à porta.
A reter neste percurso: Nazaré e Ílhavo
Percurso a fazer e não fizemos devido a “logística familiar” – N8 de Torres Vedras ao Bombarral.
Obrigado aos Telepizza Boys de VNGaia.. ;)
fLUNX
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