sábado, 17 de julho de 2010

O malfadado regresso = fim de férias

(pontos 17 e 18 no mapa)

Após conselho e discussão dos prós e contras, decidimos não ir até Biarritz e Pamplona. O receio de não chegar a casa no sábado, no máximo ao final da tarde era uma realidade. Hoje é 5ª feira e, ao ritmo que temos andado - cerca de 350Km de média diária - e uma distância ainda por percorrer fez-nos apontar, ou direi melhor, encurtar a volta pensada inicialmente. Como o objectivo principal era os Picos de Europa, já estávamos satisfeitos, mas já que ali estávamos, ir mais além era o nosso desejo.




Como só tínhamos de deixar o quarto ao meio dia, aproveitamos a manhã para os regallos para a família e amigos. Decidimos comprar chocolate para todos. (brillhante ideia, como iremos comprovar mais a frente durante a viagem…) uma t-shirtzita para a nossa Ratazana (João – 3 anos) http://www.kukuxumusu.com/index.php/es/tienda-online/colecciones-especiales/montana/Desfiladero-DC0RLWG7350 e uma pulseira com estrelas celta para a Maria (14 anos). Uma sessão foto pela vila aproveitando a luz e pouca passagem de turistas.

De partida continuamos pela CA-131 direcção Torrelavega e N-623 é a nossa companhia seguinte até Burgos. Agora já totalmente desabituados de estradas com rectas, acabamos por estranhar apesar do passeio ser bem agradável, a temperatura é boa, mas já se nota que caminhamos para o interior de Espanha com os seu calor e necessidade de procura de água, sombra e se possível siesta (esta última nunca foi possível por em prática).

Nesta fase todos os destinos de passagem intermédios são de alcance rápido, é tudo 60km um dos outros, a viagem parece nos rápida, também não fosse o não termos nada programado “pós-Picos” de interesse no regresso. A ideia era mesmo a costa norte de Espanha e regressar.
Depois de Burgos apanhamos a N-234 que nos leva a Soria, mas decidimos cortar um pouco caminho por uma estrada secundária (SO-910) que atravessaria uma linha montanha que estávamos a contornar, pouparíamos assim cerca de 50 a 60km, não indo a Soria que nos ligaria a nossa próxima estrada N-122 para seguirmos para Segóvia. Em San Esteban de Gormaz ligamos a N-110 e agora sim em “frente” para Segóvia a nossa próxima paragem/dormida.
O calor depois de almoço já se tornava insuportável, só em andamento é que ainda dava para estar.

Qualquer paragem é a torreira. Neste momento estamos numa estrada em paralelo de cerca de 60/80km salvo erro com a A1-E5 que liga Burgos a Madrid. Para quem já fez viagens vindo de França/Bordéus/Biarritz deve conhecer. Como não queríamos fazer Auto Estrada e ir conhecendo Espanha vila a vila e pararmos onde achássemos interessante, foi o que fizemos.
Em ambas as situações no final o destino seria Badajoz. Aqui as estradas já não tem muita piada, sobretudo ficamos muito mal habituados. Não é um risco a direito como na autoestrada, mas as rectas são já algumas e as curvas mal se notam, sobretudo quando a velocidade máxima ronda os 150km/h e de cruzeiro os 120. Acredito que esta estrada seja engraçada mas apenas em velocidade supersónicas em motas sem passageiro e com terminações “R” nas siglas.

Segóvia, um bafoooooo do pior… ventoinha da mota a não parar de funcionar. Calor residual na traseira da mota devido aos alforges. Sem a menor dúvida… o calor tornou-se o nosso pior inimigo. Céu limpo e tempo seco como se quer para andar de mota com menos receios de quedas. Mas o calor era abrazador. Não fazemos nem mais um KM. E mesmo assim esta etapa foi a mais comprida até a data. Fizemos uns valentes 450km e já só tínhamos uma missão, chegar a casa. Continuando a nossa táctica de alojamento em zonas centrais e ou históricas.
Ficamos no Hotel Acueducto - http://www.hotelacueducto.com/es/princi.html , e pela 1ª vez em toda a viagem a mota iria ficar em parque publico de outro Hotel (http://www.eurostarsplazaacueducto.com/) mais a baixo na mesma rua. Hoje teria ficado no 2º hotel, as pessoas são mais simpáticas e o preço final com a dormida da mota ficaria sensivelmente igual. (foi a nossa noite mais cara, ficou em 14eur o parque da mota e o quarto a 67eur). Para jantar fomos para o centro onde ao lado do Aqueduto romano havia umas esplanadas junto de umas arcadas de uns edifícios da rua principal pedonal. De noite e um calorzinho numa esplanada a ver as vistas, é bem melhor que andar de mota com um calor desconcertante.

De Segóvia a casa temos agora mais coisa menos coisa.. 650km. O que justificou a redução de percurso a norte e 2 dias para os efectuar. Mantendo a média estava tudo certo. Para amanhã e para reduzir “escaldões” decidimos arrancar mais cedo e fazer caminho aproveitando a manhã, pois a tarde era uma incógnita. Casa era a meta.

Amanhã há mais…

A reter neste percurso: Não andar na torreira do sol. As estradas são boas, mas já não tem aquela dinâmica rítmica.

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